CANOAGEM DO SONHO
Ouço vozes, barulhos
Olho ao longe, curvas do rio
Sinto presenças no ar
Penso...alguém a navegar.
Navegar, para onde?
Navegar, para quê?
Olho para o horizonte, curvas do rio
O rio continua lá
As vozes continuam lá...
Olho, sinto, percebo...
Não há ninguém!
São as curvas do rio
A lamentar...
São as margens do rio
A murmurar...
A esperar...
A sonhar...
Com a volta do olhar
Com a volta do pensar
Dos homens que um dia
Em suas águas puderam navegar
Sem tropeçar, sem se espantar
Com o que hoje
Estão a encontrar...
Mesmo assim, mesmo assim, o rio...
O rio não desiste e insiste em sonhar.
(Marlete)
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